CENTROS DE TRATAMENTO
Distúrbios do Assoalho Pélvico e Endometriose
Prolapso Retal
O prolapso retal acontece quando o reto, parte final do intestino, é projetado, total ou parcial para fora do corpo, através do ânus. Pode ocorrer em qualquer idade, no entanto, é mais comum em crianças nos primeiros três anos de vida, devido a musculatura e ligamentos que sustentam a parte final do intestino à diarreia e fibrose cística. Em adultos, é mais comum que aconteça em mulheres idosas, devido ao enfraquecimento dos músculos.
Causas
As causas do prolapso retal ainda não são completamente compreendidas. Em crianças está associado ao fato de que os músculos e ligamentos que sustentam a parte final do intestino não estarem completamente formados, assim, quando a criança tem diarreia ou fibrose cística, o músculo é forçado e a exteriorização acontece. Em adultos está relacionado como conseqüência dos seguintes fatores:
•Esforço excessivo para evacuar
•Enfraquecimento dos músculos de sustentação do reto
•Condições neurológicas, como esclerose múltipla
Sintomas
O principal sintoma diz respeito ao prolapso por si próprio, como a sensação de uma massa no ânus. Porém, alguns sintomas também são recorrentes:
•Sensação de evacuação incompleta
•Ardência e sangramento
•Incontinência fecal
Prevenção
A prevenção do prolapso retal diz respeito aos cuidados gerais que devemos ter com a saúde, como:
•Ter uma alimentação saudável com frutas, verduras e fibras
•Lembrar de ingerir bastante líquido
•Praticar exercícios físicos
Tratamento
No caso de prolapso retal infantil, o tratamento consiste em reintroduzir o reto manualmente. Em adultos, existem opções cirúrgicas que serão analisadas e escolhidas pelo médico especialista, conforme o quadro da doença e o perfil do paciente. Além disso, são utilizados medicamentos que auxiliam no tratamento da constipação e da incontinência.
Biofeedback
Biofeedback é uma técnica comportamental utilizada para o tratamento das mais diversas condições. Na coloproctologia, a técnica pode ser utilizada para o tratamento de incontinência anal e constipação intestinal, o biofeedback permite a medição da contração da musculatura, assim, é possível ajudar o paciente na correção do movimento da musculatura no momento da evacuação.
Sindrome do Intestino Irritável
A síndrome do intestino irritável trata-se de um distúrbio intestinal, sem causa anatômica ou lesões que justifiquem, causando alterações nos movimentos intestinais e dor abdominal.
Causas
A sua causa ainda é desconhecida, porém especialistas dizem que alterações nos nervos e músculos do intestino ou sistema nervoso central podem ser a causa. Existem ainda alguns fatores que contribuem para isso, são eles:
•Estresse
•Histórico familiar de síndrome do intestino irritável
•Alterações hormonais
Sintomas
•Dor e desconforto, pelo acumulo excessivo de gases
•Dificuldade para evacuar
•Alteração nos hábitos intestinais
Prevenção
Não existe uma maneira de prevenir essa síndrome, mas, adotar um estilo de vida mais saudável pode ajuda:
•Ter uma alimentação saudável com frutas, verduras e fibras
•Dormir o suficiente
•Não pular refeições
•Aprender a gerenciar o estresse e a ansiedade na sua vida
Tratamento
O tratamento é baseado em orientação alimentar e medicamentos, e tem como objetivo controlar o movimento do intestino e recuperar sua coordenação motora normal.
Constipação Intestinal
A constipação intestinal caracterizada pela dificuldade para evacuar. Se acontecer ocasionalmente não é considerado um problema preocupante, mas, se passa a virar rotina você deve prestar atenção.
Causas
•Dieta pobre em fibras
•Baixa ingestão de líquidos
•Consumo excessivo de proteína animal e alimentos industrializados
•Ignorar a vontade de evacuar
•Estresse, depressão e ansiedade também são capazes de causar a constipação intestinal.
Sintomas
Os sintomas apresentam-se de forma variada. Desconforto, inchaço abdominal, gases e mal-estar estão entre eles, porém os mais comuns são:
•Sensação de esvaziamento incompleto
•Redução no número de evacuações
•Dificuldade para evacuar fezes ressecadas
Prevenção
•Tenha uma alimentação saudável com frutas, legumes e fibras
•Beba muito líquido
•Vá ao banheiro sempre que tiver vontade
•Procure um médico especialista se notar alguma mudança nos hábitos intestinais
Tratamento
O tratamento para constipação intestinal baseia-se na mudança da dieta e do estilo de vida do paciente. Em casos mais avançados, o médico pode sugerir o uso de supositórios ou lavagens intestinais. E somente em casos graves, recorre-se a cirurgia.
Incontinência Anal
Trata-se da incapacidade de controlar a eliminação de gases ou fezes. Esse distúrbio compromete a qualidade de vida, além de deixar o paciente constrangido e inseguro.
Causas
As causas podem ser dadas a partir de alterações fisiológicas congênitas ou adquiridas durante a vida, como por exemplo:
•Traumas por acidentes de trânsito
•Cirurgia no períneo
•Condições associadas a cirurgias anorretais
•Parto vaginal causando estiramento e degeneração do nervo
Além do envelhecimento, algumas doenças também podem causar incontinência anal, são elas:
•Derrames (AVC)
•Diabetes
•Esclerose múltipla
Sintomas
O sintoma mais comum é a perca, involuntária, de gases intestinais ou fezes.
Tratamento
O tratamento da incontinência anal pode ser clínico ou cirúrgico. Clinicamente o tratamento é feito por dietas e medicação
Tipos de tratamento
Tratamento clínico
•Dietas e uso de medicações específicas para alterar o tipo de evacuação
•Antidepressivos e pomadas para melhorar a sensibilidade anal
•Exercícios de recondicionamento do controle anal, biofeedback
Tratamento cirúrgico
Quando a indicação é cirúrgica, o médico especialista deverá avaliar a melhor abordagem para o caso.
Cisto Pilonidal
O cisto pilonidal é uma lesão que se desenvolve na região interglutea, entre as nádegas, alguns centímetros acima do ânus. A sua estrutura é formada por uma bolsa revestida por células epiteliais, que contém pelos, fragmentos de pele, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas em seu interior.
Causas
•Pelos soltos, que por atrito, pressão ou calor atravessam a pele e geram uma reação inflamatória provocando a formação de cistos
•Alterações hormonais e nas glândulas sebáceas
•Pelos encravados
Sintomas
Cistos pequenos são, geralmente, assintomáticos. Os sintomas aparecem quando o nódulo se forma juntamente com os seguintes sinais de processo inflamatório e infeccioso:
•Dor
•Calor
•Saída de secreção, por um orifício que se abre na pele
•Febre, náuseas e cansaço extremos são outros sintomas.
Prevenção
•Manter uma alimentação saudável, evitando a obesidade
•Praticar atividades físicas
•Evitar o uso de roupas muito justas
•Higienizar-se de maneira correta
Tratamento
O tratamento do cisto pilonidal vai depender da fase em que se encontra. Se o cisto não tem sintoma ou sinal de infecção o aconselhado é observar a evolução do quadro. Se já existe um processo infeccioso, o tratamento adequado é a cirurgia para que a drenagem da secreção seja realizada.
Fistula Perineal
É um trajeto anormal que se estabelece entre o canal anal, internamente, e a pele da região perianal, externamente.
Causas
A fistula perianal é uma conseqüência de um abscesso perianal. Esse abscesso tem origem no canal anal, a partir daí, forma um trajeto em direção à pele. Algumas alterações menos frequentes que também podem causar abscesso e, consequentemente fistula, são:
•Tuberculose
•Retocolite ulcerativa
•Traumas anorretais
Sintomas
Os sintomas mais frequentes são:
•Protuberância perianal
•Dor e saída de secreção
•Prevenção
A consulta com um médico, em caso de aparição de massa suspeita, é imprescindível para evitar a evolução de abscesso para fistula.
Tratamento
Quando a fistula perianal está formada, o tratamento deve ser cirúrgico.
Endometriose Pélvica Profunda
A endometriose pélvica profunda ocorre quando fragmentos do endométrio ficam fora do útero, o endométrio é a parte interna do útero, responsável pela menstruação. Nesse caso, esses fragmentos estão na região pélvica, onde se incorporam a outras estruturas como: tubas uterinas, ovários, bexiga, intestino e outros órgãos.
Causas
Uma das causas é a menstruação retrógada que acontece quando parte do fluxo menstrual percorre as tubas uterinas em direção à cavidade pélvica. Porém existem outras possíveis causas da endometriose pélvica profunda, são elas:
•Predisposição genética, facilitando o processo de menstruação retrógada
•Alterações imunológicas
•Alterações endometriais
•Condições ambientais, a dioxina, poluente encontrado nas grandes metrópoles, acentua as alterações endometriais
Sintomas
O principal sintoma é a dismenorreia, ou seja, a cólica menstrual, duas características marcantes dessa dor nessa doença é o caráter progressivo, ou seja, cada vez mais a mulher precisa fazer uso de analgésicos para parar a dor. E a outra característica é que a cólica costuma ser muito intenta, às vezes impossibilitando a mulher de exercer suas atividades de rotina. Existem outros sintomas que devem ser um alerta para as mulheres, são eles:
•Dor durante as relações sexuais
•Dificuldade para engravidar
•Alterações intestinais
•Dor para urinar, que se intensificam durante a menstruação
Prevenção
Ainda não existem maneiras de prevenir a endometriose pélvica profunda, a principal orientação é procurar o médico especialista assim que identificar os primeiros sintomas, quanto mais cedo a doença é diagnosticada, mais rápido e eficiente é o tratamento. Mas você pode ficar atenta a algumas condições que contribuem com o desenvolvimento da doença:
•Fator hereditário
•Condições ambientais
Tratamento
A escolha do tratamento depende do estágio em que a doença se encontra. Em casos iniciais, o tratamento é clínico e em casos mais avançados o tratamento é cirúrgico seguido do tratamento clínico.
Tipos de tratamento
Tratamento clínico
Pode ser feito com o uso de pílulas anticoncepcionais ou só progesterona, prática de exercícios físicos e acompanhamento psicológico, em razão da influência que o estresse e a ansiedade tem na doença.
Tratamento cirúrgico
•Laparoscopia
•Cirurgia aberta
Fissura Anal
A fissura anal trata-se de uma ruptura ou ferida na borda anal, que aparece como efeito de um trauma local, seja por fezes ou corpo estranho.
Causas
Trauma no canal anal
Defecação de fezes endurecidas
Prisão de ventre e esforço excessivo durante as evacuações
Sintomas
Os principais sintomas são:
•Dor na região anal, durante e após as evacuações
•Sangramento durante as evacuações, visível no vaso sanitário
Prevenção
A melhor maneira de prevenir a fissura anal é evitando a constipação, para isso:
•Tenha uma alimentação saudável com frutas, verduras e fibras
•Lembre de ingerir bastante líquido
•Pratique exercícios regularmente
Tratamento
Existem dois tipos de tratamento para a fissura anal, a escolha do tratamento é feita pelo proctologista após o exame físico para analisar a gravidade da fissura.
Tipos de tratamento
Tratamento clínico
•Dieta rica em fibras para manter uma boa função intestinal
•Banhos de assento com água morna
•Pomadas anestésicas
Tratamento cirúrgico
Em alguns casos, as fissuras que demoram a cicatrizar e precisam de intervenção cirúrgica. Esta cirurgia consiste em diminuir o poder de contração do esfíncter interno anal, assim, é possível melhorar o fluxo de sangue para o local da fissura, estimulando a sua cicatrização.
Hemorroida
Hemorroida é uma inflamação das veias localizadas na parte final do intestino, as veias hemorroidais. Podendo ser internas, quando ocorre somente dentro do ânus ou na parte inicial do reto, quanto externas, que são dilatações das veias que estão fora do ânus.
Causas
Não existem causas específicas para hemorróidas, somente alguns fatores que agravam o quadro já existente, são eles:
•Predisposição genética
•Constipação e esforço excessivo para evacuar
•Dieta pobre em fibras
Sintomas
A maioria das hemorroidas internas não apresentam sintomas. Porem as hemorróidas externas podem apresentar alguns sintomas como:
•Dor anal, quando está sentado
•Dor no momento da evacuação
•Sangue nas fezes
Prevenção
•Evite segurar a vontade de evacuar
•Tenha uma alimentação saudável rica com fibras, vegetais, frutas e grãos
Tratamento
O tratamento para hemorroidas pode ser feito com o uso de pomadas e supositórios, banhos de assento e dieta equilibrada e rica em fibras. Para casos mais graves, existem outras opções:
•Cirurgia – para retirada das veias doentes.
•Ligadura elástica – técnica que consiste no estrangulamento da veia afetada